Ninguém sabe ao certo quando o homem começou a mascar resinas extraídas
de árvores, mas há registros históricos de que vários povos da
Antiguidade, como os gregos, já tinham esse costume.
O hábito também era
comum no continente americano, antes mesmo da colonização européia. O
látex do sapotizeiro - árvore que dá o sapoti - era usado como goma de
mascar pelos maias e astecas, entre outras civilizações pré-colombianas.
A essa resina os nativos davam o nome de chicle. A guloseima que
conhecemos hoje surgiu no final do século 19. Mais precisamente em 1872,
ano em que o inventor americano Thomas Adams fabricou o primeiro lote
de chicletes em formato de bola e aromatizando as resinas naturais com
extrato de alcaçuz. Nas décadas seguintes, ele abriu várias fábricas
para atender a demanda crescente dos consumidores americanos pelo novo
produto.
Em meados do século 20, especialmente após a Segunda Guerra
(1939-1945), as resinas naturais foram substituídas por substâncias
sintetizadas a partir do refino do petróleo. "O motivo para essa troca
foi o custo de fabricação, já que a resina natural é muito mais cara que
a borracha sintética", diz o engenheiro químico Múcio Almeida, gerente
de desenvolvimento de produtos da Adams do Brasil. A partir da década de
1960, surgiram os primeiros chicletes sem açúcar, que, segundo os
fabricantes, além de diminuírem os riscos de cáries, ajudam a manter os
dentes limpos, pois estimulam a produção de saliva, que remove
partículas de alimentos. Com ou sem açúcar, é bom tomar alguns cuidados
com essa guloseima.
Crianças pequenas que engolem a goma correm o risco
de ter as vias aéreas bloqueadas ou de ter interrompido o fluxo
intestinal. Outro alerta: mascar com a barriga vazia pode causar
problemas estomacais, pois há um estímulo desnecessário à produção de
enzimas gástricas.